Sobre nós
Saiba maisConhece o Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias da APMGF
O GRESP é um grupo de estudos da APMGF cujos objectivos gerais são fomentar o contacto, comunicação e encontro entre profissionais motivados pelos problemas relacionados com as doenças respiratórias e produzir recomendações de boa prática profissional e instrumentos para melhorar a qualidade de prática clínica através de actividades de formação, de investigação e de elaboração de documentos científicos.
8as Jornadas do GRESP
Saiba mais“Desafios e oportunidades em cuidados respiratórios – um novo ciclo”
O Grupo de Estudos de Doenças Respiratórias (GRESP) da APMGF decidiu regressar ao Porto, para as suas 8ªs Jornadas, dedicadas ao tema «Desafios e oportunidades em cuidados respiratórios – um novo ciclo». As jornadas reuniram cerca de 400 participantes, empenhados em contactar com diferentes temas da área respiratória nas muitas sessões temáticas, simpósios e seis oficinas práticas e em partilhar ciência através de várias dezenas de posters e comunicações orais.
Apesar de ter retomado uma forte componente presencial após o período mais grave da pandemia, a organização decidiu manter uma vertente on-line nestas jornadas, permitindo que colegas distantes da Invicta pudessem associar-se à atualização científica em cuidados respiratórios, como referiu Cláudia Vicente, coordenadora do GRESP: “o GRESP esforça-se por levar adiante a sua missão, adaptando o formato do evento a todos os colegas que podem estar no Porto e desejam fazê-lo presencialmente, mas também aos colegas que permanecem em casa. Estamos presentes na bonita cidade do Porto, numa relação de proximidade e numa cidade que nos tem acolhido tanto e que, de alguma forma, é também o berço deste Grupo”.
Para Cláudia Vicente, existem dados na atualidade que reforçam a urgência de o país reorientar agulhas no campo das doenças respiratórias: “dados nacionais retirados recentemente do BI dos CSP mostram-nos um elevado sobrediagnóstico. Mostram-nos, por exemplo, que a proporção de utentes com asma é de 3,37% e com DPOC de 1,37%. A percentagem de doentes asmáticos com consultas de vigilância a um ano é de cerca de 36%, enquanto que na DPOC essa fatia é de 52%. É preciso que todos, em conjunto, ajudem a mudar as políticas de saúde e a criar um caminho, com espaço dedicado, com indicadores, com mais acesso a meios complementares de diagnóstico e mais reabilitação pulmonar, com fim a melhorar os cuidados prestados a estes doentes. Acreditamos também que o caminho está no trabalho em equipa, entre os diversos grupos profissionais, nomeadamente com os enfermeiros e os colegas das diversas especialidades representadas nestas jornadas”.


Uma das figuras chave que se deslocou até ao Porto para colaborar com a iniciativa formativa do GRESP foi Carlos Robalo, pneumologista, diretor da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra e presidente da European Respiratory Society (ERS). O dirigente em causa abordou, em particular, o desenvolvimento da International Respiratory Coalition, projeto colaborativo da ERS que visa congregar esforços de vários quadrantes no sentido de posicionar os cuidados respiratórios no centro da agenda do Velho Continente: “queremos obter números concretos, que nos permitam ir junto dos decisores políticos e dizer que a doença respiratória representa isto em termos de perdas na atividade laboral, de despesa ou de mortalidade. Só assim, de facto, conseguiremos obter alguma capacidade de influência – como outras patologias tiveram até agora – e entrar nos eixos prioritários de decisão ao nível global europeu”.









